sexta-feira, 29 de novembro de 2013

GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE

GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE
Francisco Mendonça
(Contexto, 1993)
RESUMO

1. A EMERGÊNCIA DA TEMÁTICA AMBIENTAL NA ATUALIDADE

Importância da temática ambiental na atualidade – 3 fatores:

I. O Caos da Qualidade de Vida da População:
· Duzentos anos de industrialização, produtividade de bens materiais e consumo acelerado;
· Desrespeito à dinâmica da Naturezaâconsiderável degradação do meio ambienteâqueda da qualidade de vida da população;
· A queda da qualidade de vida da população é maior onde a população se aglomera: nos centros urbanos;
· Contradição: queda da qualidade de vida quando é maior o progresso da ciência e da técnica.

II. O Alarmismo da Mídia:
· A mídia valoriza (alarmismo) as catástrofes, mesmo sendo processos naturais, tais como terremoto, vulcanismo, etc. tratando-os como sobrenaturais;
· É preciso esclarecer que “a noção de acidente, catástrofe, castigo, etc. é de ordem sobretudo humano-social” e que se tornam importantes para a sociedade quando “ameaçam áreas habitadas ou de importância econômica”;
· Muitos destes problemas são agravados em função da falta de planejamento dos assentamentos humanos – “supervalorização do planejamento econômico em detrimento do planejamento social”;
· A mídia deve perceber que ciência e a técnica já livraram a humanidade “da simples condição de vítima da natureza”;
· Apesar de certos equívocos a mídia tem contribuído para divulgar a questão ambiental.

III. O Papel das Ciências, das Artes e da Atividade Política.
São abordagens, obviamente, diferentes:
a)  Ciências: faz parte de sua própria origem, dependendo do momento; difere da abordagem feita pela mídia;
b)  Artes: a natureza como inspiração dos artistas (contemplação); os artistas (engajados) passaram a denunciar as agressões da sociedade contra a natureza; contribuem para a conscientização da problemática ambiental.
c)  Atividade política: atitude desprezível e demagógica; utiliza a temática ambiental com fins eleitoreiros, sem conhecer profundamente a questão e sem Ter compromisso real com a causa; não há uma cobrança mais direta da sociedade; deve-se reconhecer os esforços de uns poucos políticos, mas os “verdes” ainda são minoria.

2. O AMBIENTALISMO GEOGRÁFICO DE CUNHO NATURALISTA (PRIMEIRO MOMENTO)

Como o meio ambiente é tratado pela geografia:
A) Primeiro Momento - Naturalismo ( séc. XIX até meados dos anos 50/60):
·      Meio Ambiente: descrição do quadro natural do planeta (relevo, clima, vegetação, hidrografia, fauna e flora dissociados do homem ou de qualquer sociedade humana);
·      Descrições detalhadas dos lugaresâ tentativa de sistematizaçãoâinfluência positivista;
A ORIGEM DA GEOGRAFIA MODERNA: A BASE NATURAL-SOCIAL:
·A Geografia é a única ciência que, desde sua formação se propôs a estudar a relação homem-meio;
Os fundadores da Geografia, Humboldt (naturalista) e Ritter (filósofo e historiador) objetivaram compreender os diferentes lugares através das relações da natureza (aspectos físico-naturais) com os homens (aspectos humano-sociais) desde o início;
·      Biologia e Ecologia (com início nos anos 30), por exemplo, dissociaram o Homem da Natureza.

GEOGRAFIA DA NATUREZA E GEOGRAFIA DA SOCIEDADE

A contribuição científica dos grandes geógrafos:
·      RATZEL: produziu uma descrição dos lugares onde o natural e o humano se apresentavam dissociados, e tentou explicar o determinismo dos lugares sobre os homens como forma de escamotear a dominação cultural;
·      LA BLACHE: opôs-se a Ratzel, mas também escamoteia a intenção de dominação dos povos brancos sobre os demais; além da abordagem regional, acentua a separação entre elementos físico-naturais e elementos humano-sociais das paisagens. Para ele, o meio físico era apenas um suporte para o desenvolvimento dos grupos humanos.
·      DE MARTONNE: discípulo de La Blache, aprofunda a abordagem dos elementos naturais das paisagens e desenvolve o que ficou conhecido como geografia física. Esta passou a tratar da questão ambiental; além disso, na sua obra máxima, o Tratado de Geografia Física, os sub-ramos da geografia física estão separados como se fossem gavetas incomunicáveis entre si.

A TENTATIVA AMBIENTALISTA DE RECLUS

·      No final do séc. XX, E. Reclus tenta produzir uma Geografia de cunho ambientalista, unindo a militância política a uma pretensa ciência-ponte entre o homem e a natureza;
·      Devido a força do positivismo, sua obra só foi editada nos anos 60 do séc. XX;
·      Foi uma grande chance de aprofundamento na questão ambiental perdida pelos geógrafos, que não souberam aproveitar a genialidade de Reclus;
·      Polêmica: para os defensores da “Geografia Radical”, a geografia física (dissociando natureza e sociedade) não era geografia (o autor considera esta postura absurda porque os radicais esquecem que este conhecimento é produto de sua época, assim como a “Geografia Radical”).

GEOGRAFIA FÍSICA: GEOGRAFIA AMBIENTAL?
·      Nos anos 50, com o surgimento da nova geografia a geografia física se revitaliza com o neopositivismo;
·      A natureza recebe um tratamento modelístico-matemático, influenciado pela teoria dos sistemas;
·      Anos 60: o geossistema de V Sotchava surge como abordagem metodológica, porém ainda impregnado de positivismo. Avança ruma a abordagem ecossistêmica;
·      A New Geography dos norte-americanos, desprezam/desconhecem a abordagem de Sotchava e matematizam/quantificam a geografia, por influência da informática que surgia então;
·      Os pioneiros da geografia que lançaram as bases do estudo do meio ambiente no Brasil: Aroldo de Azevedo, Lysia Bernardes, Dora de A. Romariz e outros.
·      Meio Ambiente: a natureza do planeta com todos os seus elementos componentes.

3.  AS CONTINGÊNCIAS MUNDIAIS PARA A ECLOSÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL NO SÉC. XX

Análise de eventos que irão facilitar a compreensão do período dos anos 40/60:

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

·      Revelou o poder de destruição dos artefatos bélicosânecessidade de paz;
·      A população que sobreviveu ao conflito teve que recuperar as áreas degradadas;
·      Daí nascem, de forma lenta e gradual, as primeiras iniciativas de garantir a paz (mov. pacifistas) preservar o meio ambiente (mov. ecológicos);
A GLOBALIZAÇÃO DAS ECONOMIAS CAPITALISTA E SOCIALISTA: O IMPERIALISMO
·      Quatro décadas de Guerra Friaâ equilíbrio do terror;
·      O mundo socialista tratou muito mal da questão ambiental(quando livro foi escrito pouca coisa havia sido divulgada), porém só recentemente o mundo descobriu isso após a queda da “Cortina de Ferro” (e do Muro de Berlim);
·      A agressividade das multinacionais na conquista do mundo globalizado, exploram homens e recursos naturais sem a mínima preocupação com o meio ambiente, salvo em raras exceções;
·      Diante deste quadro é fácil deduzir que o meio ambiente, principalmente dos países em vias de desenvolvimento, atingiram um elevado grau de destruição/degradação.

A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

·      Os anos 60 e 70 foram marcados por uma alarmante explosão demográfica, principalmente nos países de Terceiro Mundo;
·      Causas: desenvolvimento da medicina e da farmacoterapia, aliadas com as disparidades regionais na distribuição da renda;
·      Este episódio serviu, entre outras coisas, para demonstrar que os recursos naturais são finitos;
·      A partir desta constatação, muitos estudiosos passaram a calcular quanto milhões de seres humanos o planeta poderia suportar, elaborando diretrizes e propostas para contornar a situação, sem, no entanto, tratar da questão da distribuição da riqueza. 

SECA/FOME/DESERTIFICAÇÃO NA ÁFRICA

·      Anos 60 e 70 foram muito difíceis para a África, principalmente para os habitantes das bordas do Saara (o Sahel): uma grande seca abateu-se sobre esta região;
·      Além das implicações de ordem natural, deve-se observar o aumento da população humana e de suas manadas pressionando fortemente o frágil ecossistema local;
·      O problema africano serviu para denunciar o agravamento das condições de subdesenvolvimento e pressão sobre o meio ambiente.

MOVIMENTOS SOCIAIS GERAIS

Marcaram os anos 50 e 60, ligados a ação dos jovens e dos estudantes e, por conseguinte, preocupados com o meio ambiente. Dentre eles, destacam-se:
·      Movimento hippie: marcou pela forma de contestação à sociedade eletrônica – a volta do homem ao convívio com a natureza (alimentação natural, vida no campo); culto ao espírito em vez da matéria;
·      “Maio de 1968”:disseminou um ideal de liberdade e participação organizada entre os jovens; democratizou o ensino superior, principalmente na França (no Brasil a ditadura embruteceu);
·      Realização da Primeira Conferência Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Estocolmo – 1972) – primeira tentativa de equacionamento dos problemas ambientais (sinal de que a questão ambiental era preocupante);
·      A realização da Rio–92 foi uma demonstração clara do malogro da Conferência de Estocolmo: a natureza estava sendo destruída num ritmo cada vez maior;
·      A escolha do Rio de Janeiro: cenário social municipal e nacional degradados, conflito Norte/Sul  bastante evidente, ondas de seqüestros e epidemias além do tráfico de drogas na cidade quase inviabilizam o encontro;
·      A participação de alguns países foi lastimável, sendo os EUA o maior/pior exemplo (não assinou o Acordo Internacional da Biodiversidade – Pres. George Bush, pai);
·      Poucos avanços em relação a Estocolmo.

A ABERTURA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O SALTO QUALITATIVO DA GEOGRAFIA

·      Após o Maio de 1968 o positivismo é superado;
·      Os professores que apoiaram as manifestações foram, também, expoente de novas concepções teórico-metodológicas nas ciências, destacando-se o marxismo;
·      No âmbito da geografia destaque para Yves Lacoste e sua obra revolucionária: A Geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra, rompendo de vez com o positivismo. Acusou os geógrafos físicos de atrasados em relação à evolução de sua ciência e de estarem fazendo a geografia da dominação.


4.  AMBIENTALISMO GEOGRÁFICO ENGAJADO NA TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE (SEGUNDO MOMENTO)

A NOVA ABORDAGEM DO MEIO AMBIENTE

·      Nos anos 60, 70 e 80, o marxismo trouxe um grande impulso ao estudo da sociedade, isto é, fortaleceu a geografia humana em detrimento da geografia física;
·      No entanto, preocupada com a ação do homem sobre o espaço à luz da relações sociais, a geografia radical esqueceu/empobreceu o temário do meio ambiente.

AS LIMITAÇÕES DO MARXISMO NA ANÁLISE AMBIENTAL

·      A geografia humana foi o “carro-chefe” da geografia marxista;
·      Sua proximidade com a sociologia, história e economia política empobreceu o discurso geográfico ao menosprezar os componentes do meio físico;
·      A dialética marxista é incapaz de enfocar os fenômenos naturais em sua dinâmica. A natureza é vista apenas como recurso para o homem;
·      Na proposta marxista, o ambiente deve ser entendido segundo a lógica do sistema de produção social e, desta forma, abordado dentro de uma análise mais globalizante;
·      A abordagem sistêmica tem sido o caminho mais utilizado pelos geógrafos físicos para o desenvolvimento dos seus trabalhos.

UMA NOVA VARIÁVEL NA PAISAGEM DO GEÓGRAFO FÍSICO: A AÇÃO ANTRÓPICA

·      Toda essa movimentação mexeu demais com os geógrafos físicos;
·      Aos poucos foram aparecendo trabalhos em que a dinâmica natural da paisagem interagia com as relações sociais de produção;
·      Renasce o conceito de geossistema de Sotchava, acrescido do componente ação antrópica;
·      Destacaram-se nesta linha: Georges Bertrand (noção de paisagem dos alemães), Jean Tricart (Ecodinâmica e Ecogeografia) e Jean Dresch;
·      Os geógrafos, acima referidos, exerceram forte influência na geografia brasileira, principalmente sobre Aziz Ab’Saber, C. A. de F. Monteiro e Orlando Valverde.
·      Alguns geógrafos, como Dirce Suertegaray, acreditam que o futuro da geografia física se dará sob o enfoque ambiental;
·      Outros acreditam que o fim da dicotomia geografia física/geografia humana ocorrerá (finalmente?) com a geografia da percepção/topofilia;
·      Segundo M. C. de Andrade, esta corrente da geografia “transfere ao individual, ao pessoal, muitos dos problemas considerados por outros grupos como sociais. Ela não é contestatória frente à ordem dominante.”;
·      Para a Topofilia, o meio ambiente é visto como um recurso a ser utilizado e, ao mesmo tempo, protegido, numa atitude de respeito, conservação e preservação;
·      A Constituição Federal de 1988 ao exigir a elaboração de EIAs/RIMAs para a implantação de atividade produtivas, abriu um amplo leque de trabalho para os geógrafos que estudam a questão ambiental;
·      O desenvolvimento de novas tecnologias como o emprego da informática  e do sensoriamento remoto, tem trazido grande rapidez e eficiência ao trabalho dos geógrafos físicos.

5. POR UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA DA TEMÁTICA AMBIENTAL

·      O autor que deixar claro que a geografia é uma das muitas ciências que aborda a questão ambiental e que a compreensão desta problemática passa necessariamente por uma visão interdisciplinar;
·      Somente ações desenvolvidas com caráter holístico podem apresentar resultados satisfatórios à problemática ambiental;
·      Carlos W. P. Gonçalves chega a propor uma revisão do termo meio ambiente para ambiente ou meio, apenas;
·      Herbert de Sousa : a questão ambiental por vez esquece que o homem também faz parte do meio. Para o sociólogo, ante de se falar de meio ambiente no Terceiro Mundo, é preciso resgatar um mínimo de dignidade para a população, senão o âdiscurso cai no vazio;


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Características climato-botânicas regionais de Caxias – MA


O domínio de baixas latitudes, a grande extensão territorial, o relevo de baixas altitudes e o encontro de diferentes sistemas atmosféricos fazem da climatologia da Região Nordeste uma das mais complexas do mundo (NIMER, 1977; 1989).
Além disto, as bases de coleta de dados disponíveis são em número reduzido e apresentam má distribuição espacial. No caso específico do Estado do Maranhão, com seus 331.983 km² de área, encontram-se instaladas apenas 13 estações ao longo do seu território e três distribuídas entre as localidades de Ulianópolis – PA, Campos Lindos – TO e Santa Filomena – PI.
Nimer (1977) define quatro sistemas atmosféricos atuando no estado do Maranhão: as correntes perturbadas de sul, norte, este e oeste. Para Bizerra (1984) apenas dois desses sistemas atuam com mais intensidade no Maranhão e na bacia do Itapecuru: as correntes perturbadas de norte e de oeste. São elas que dão origem, respectivamente, à Massa Equatorial Atlântica e à Massa Equatorial Continental.
A massa Equatorial Atlântica forma os vento alísios de nordeste, cujos deslocamentos meridionais mais importantes ocorrem no verão-outono. Sua atuação determina, para o norte do Brasil, o regime pluviométrico denominado de Equatorial marítimo com totais pluviométricos que variam entre 1.000 e 1.600 mm.
A Massa Equatorial Continental origina-se na região equatorial amazônica sendo marcada, portanto, pelas baixas pressões e por ser uma área continental muito aquecida. Apresenta-se, portanto, instável e portadora de elevadas temperaturas e umidade. As amplitudes térmicas, diária e anual, são geralmente baixas. No verão, as calmarias e os ventos fracos atraem os ventos oceânicos e alísios provocando precipitações abundantes, do tipo convectivas, denominadas de aguaceiros tropicais (NIMER, 1977; BIZERRA, 1984; VAREJÃO-SILVA, 2005; TORRES e MACHADO, 2008).
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é uma linha de instabilidade resultante da convergência das massas de ar Equatorial Atlântica e Equatorial Continental. Situada nas proximidades do Equador geográfico, para ela convergem os ventos constantes denominados de alísios de nordeste, quando procedentes do hemisfério norte, ou de sudeste quando realizam o percurso sul-norte.
Para Varejão-Silva (2005:347)
“a ZCIT se caracteriza por uma acentuada instabilidade atmosférica que favorece o desenvolvimento de intensas correntes ascendentes, com formação de grandes nuvens convectivas, geradoras de precipitação abundante. Fortes aguaceiros, acompanhados de relâmpagos e trovões são comuns em toda a ZCIT e, como sua posição oscila muito com o tempo, a precipitação gerada vai sendo distribuída sobre uma faixa de considerável largura”.
A dinâmica e o posicionamento da ZCIT são de grande importância para o território maranhense, porque influem decisivamente na quantidade e na qualidade das chuvas, quando o adentram até a altura do paralelo de 5º N, produzindo precipitações abundantes e quase diárias no verão-outono. Os dados disponíveis sobre as médias de pluviosidade e temperatura para municípios maranhenses dotados de postos pluviométricos são listados abaixo (Tabela 1).

Tabela 1 – Posição geográfica, médias de pluviosidade e temperatura para municípios maranhenses dotados de postos pluviométricos.
Cidade
Posição Aproximada
Pluviosidade
(mm/ano)
Temperatura
Média (ºC)
Barra do Corda
05 29' 48,56 S; 45 14' 54,59 W
1.244
25,7
Grajaú
05 48' 49,21 S; 46 28' 46,44 W
1.288
25,4
Imperatriz
05 31' 06,50 S; 47 28' 39,81 W
1.464
26,5
Caxias
04 51' 54,19 S; 43 21' 42,30 W
1.557
26,9
Carolina
07 20' 09,02 S; 47 27' 48,32 W
1.721
26,1
Zé Doca
03 16' 12,52 S; 45 39' 19,24 W
1.836
26,4
Turiaçu
01 39' 32,13 S; 45 22' 45,80 W
2.196
26,3
São Luis
02 31' 47,00 S; 44 18' 10,01 W
2.328
26,5
FONTE: Laboratório de Meteorologia – LABMET/UEMA
Organização: ARAÚJO, 2010
De um modo geral não se pode falar de grandes variações nos componentes climáticos do Estado, especialmente da amplitude térmica, onde as medias térmicas acima de 24º C são comuns, assim como chuvas de verão e outono (Figura 9), com índices pluviométricos superiores a 1.200 mm.
A distribuição espacial dos dados de temperaturas médias e das precipitações pluviométricas, conforme apresentado abaixo (Figura 13) permite as seguintes inferências:
1.  As precipitações diminuem de oeste para leste em função das modificações das características da massa equatorial continental em seu deslocamento oeste-leste, responsável pelas chuvas intensas de verão.
2.  Os maiores índices são observados na porção noroeste do território maranhense, que possui características amazônicas, como em Turiaçu, com 2.196 mm anuais e Zé Doca, com 1.836 mm ao ano.
3.  Comportamento semelhante ocorre na direção norte-sul: em São Luís chove, em média 2.328 mm, graças às influencias tanto da mEc quanto da mEa. Com o ligeiro aumento da continentalidade e uma pequena redução das temperaturas médias a pluviosidade de Barra do Corda reduz-se para 1.244 mm e para 1.288 mm, em Grajaú (Quadro 6).
 Figura 1 – Distribuição temporo-espacial das chuvas e da temperatura no Estado do Maranhão
FONTE: LABMET/UEMA.
Organização: ARAÚJO, 2010.
4.  Tropical: Aw – Predomina na parte centro-sul e sudeste do Maranhão. Corresponde ao clima que re­cebe a menor quantidade de chuva. A média pluviométrica anual é da ordem de 1.200 mm. As temperaturas são elevadas, com médias térmicas anuais entre 25 e 27 °C. Sob este clima a vegetação dominante é o cerrado. Montes (1997; p. 33) considera duas formações para esta parte do Maranhão: a Floresta Ombrófila, nas áreas um pouco mais úmidas, como Açailândia e Imperatriz e a da Floresta Estacional, onde decresce a pluviosidade, como na região de Grajaú (Figura 9).

5.  Tropical úmido: Aw’ – Clima predominante na maior parte do estado do Maranhão. Ocorre em toda a faixa litorânea, na baixada, no nordeste e na região dos cocais, onde está situado o municípios de Caxias. Caracteriza-se por apresentar índices pluviométricos regulares entre 1.600 e 1.800 mm. As temperaturas, mínimas, médias e máximas, são normalmente elevadas. A média anual é superior a 24 °C.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

REVISTAS E BOLETINS ELETRÔNICOS DE GEOGRAFIA



Prezados alunos/leitores:
Estou divulgando esta relação de publicações disponibilizada na Lista de Geografia (http://groups.yahoo.com/group/listageografia/messages), tal como estava, inclusive preservando o nome do autor. Espero que esta lista possa ajudar alguém.
Obrigado pelo seu esforço, Fernando.
"Segue abaixo, um levantamento realizado por mim, na tentativa de enumerar todas as revistas e boletins de Geografia e Ciências Humanas, do Brasil e do mundo, eletrônicas e impressas, para conhecimento. Percebi que muitas têm ISSN ou ISBN. Caso tenha algumas revista não contemplada nesta lista, favor socializar com os demais."
Ambiente & Sociedade (Unicamp) - http://www.scielo.br/asoc/
Ateliê Geográfico (UFG) - http://www.revistas.ufg.br/index.php/atelie
Akrópolis - Revista de Ciências Humanas da UNIPAR - http://revistas.unipar.br/akropolis
Boletim de Geografia (UEM/Maringá) - http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr
Boletim Geográfico (IBGE) - http://biblioteca.ibge.gov.br/
Boletim Goiano de Geografia (UFG) - http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg
Boletim Paulista de Geografia (AGB São Paulo) - http://www.agbsaopaulo.org.br/node/156
Caminhos de Geografia (UFU) - http://www.caminhosdegeografia.ig.ufu.br/
Campo e Território Revista de Geografia Agrária (UFU) - http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio
Campo e Território - Revista de Geografia Agrária (UFU) - http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio
Espaço & Cultura (UERJ) - http://www.nepec.com.br/revista.htm
Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia (UNESP) - http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/estgeo
Geo Paisagem (UFF) - http://www.feth.ggf.br/Revista.htm
Geografias (UFMG) - http://www.igc.ufmg.br/geografias
Geografia e Pesquisa (UNESP/Ourinhos) - http://www.ourinhos.unesp.br/seer/index.php/geografiaepesquisa
GEOPUC (PUC-Rio) - http://geopuc.geo.puc-rio.br/
Observatorium (UFU) - http://www.observatorium.ig.ufu.br/
Geografia, Ensino e Pesquisa (UFSM) - http://cascavel.ufsm.br/revistageografia/
Geografia; Ensino e Pesquisa UFSM Universidade Federal de Santa Maria - http://cascavel.ufsm.br/revistageografia/index.php/revistageografia
Geoingá (UEM /MARINGÁ – PR) - http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Geoinga
RA'EGA O espaço geográfico em análise (UFPR) - http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/raega/
Redes/Revista do Desenvolvimento Regional (UNISC) - http://online.unisc.br/seer/index.php/redes
Revista Brasileira de Cartografia (UFRJ) - http://www.rbc.ufrj.br/rbc.htm
Revista Brasileira de Ciências do Solo - http://www.sbcs.org.br/solos/visao/texto.php?tipo=4
Revista Brasileira de Estudos de População (ABEP) - http://www.abep.org.br/usuario/GerenciaNavegacao.php?caderno_id=031&nivel=1
Revista Brasileira de Recursos Hídricos (RBRH) - http://www.abrh.org.br/revistas/rbrh.asp
Revista de Climatologia e Estudos da Paisagem/CLIMEP (UNESP) - http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/climatologia
Revista Brasileira de Geografia (IBGE) - http://biblioteca.ibge.gov.br/
Revista Brasileira de Geografia Física (UFPE) - http://www.ufpe.br/rbgfe/index.php/revista/index
Revista Brasileira de Geomorfologia (UGB) - http://www.ugb.org.br/final/normal/main_template.php?pg=15
Revista de Estudos Ambientais (FURB) - http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rea/index
Revista Espaço Plural (UNIOESTE Marechal Candido Rondon PR) - http://e-revista.unioeste.br/index.php/espacoplural
Revista Geoambiente – (Jutaí UFG) - http://revistas.jatai.ufg.br/index.php/geoambiente
Revista Geográfica e Acadêmica http://www.rga.ggf.br/index.php?journal=rga
Revista Geografia Acadêmica (UFG/Goiânia) - http://www.rga.ggf.br/index.php?journal=rga
Revista do Departamento de Geografia - RDG (USP) - http://citrus.uspnet.usp.br/rdg/ojs/index.php/rdg/
Revista Gestão de Águas da América Latina (ABRH) - http://www.abrh.org.br/rega/rega.asp
Revista Hygeia (Federal de Uberlândia) - http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia
Revista Latino-Americana de Geografia e Gênero (UEPG/Paraná) - http://www.revistas2.uepg.br/index.php/rlagg
Revista Percurso (UEM/Maringá) - http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Percurso
Revista Perspectiva Geográfica (UNIOESTE PR) - http://e-revista.unioeste.br/index.php/pgeografica
Revista Pretexto (FUMEC/FACE) - http://www.fumec.br/revistas/index.php/pretexto
Sociedade & Natureza (UFU/Uberlândia) http://www.seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza
Terrae Didatica (Unicamp) - http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/

Mundo

Antipode (França) - http://www.antipode-online.net/
Confins (França-Brasil) – http://confins.revues.org/
Finisterra (Portugal) - http://www.ceg.ul.pt/finisterra/
Hérodote (França) - http://www.herodote.org/
Scripta Nova (Espanha) - http://www.ub.es/geocrit/menu.htm
GEO CRÍTICA. Cuadernos Críticos de Geografia HUMANA - http://www.ub.edu/geocrit/cienbil.htm
Revista Electronica de Geografia y Ciencias Sociales (Barcelona) - http://www.ub.edu/geocrit/nova.htm
Revista Geográfica Venezolana (Universidad de los Andes) - http://www.saber.ula.ve/regeoven/
Finisterra – Revista Portuguesa de Geografia (Portugal) - http://www.ceg.ul.pt/finisterra/


Atenciosamente,
 
Fernando de Souza Nunes
Pós-Graduação em Dinâmica Territorial e 
Socioambiental do Espaço Baiano - UEFS
Licenciado em Geografia - UNEB XI