quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

VELHAS CARREIRAS, NOVAS PERSPECTIVAS


Cada vez mais, trabalhadores aderem a trabalhos pouco conhecidos da sua profissão

Além dos mapas. Quando o estudante Pedro David Albuquerque, de 24 anos, entrou na faculdade de geografia, acreditava que uma das melhores opções de carreira era a de professor universitário. No fim do segundo ano do curso, conseguiu um estágio em uma área que até então desconhecia, o geomarketing, técnica que utiliza a localização geográfica para analisar as melhores possibilidades de mercado para uma empresa. Há mais de dois anos na área, ele mudou de emprego, mas não de carreira. "Quando comecei a estudar geografia, diziam que eu tinha dois caminhos: ser professor ou trabalhar no mercado de engenharia com geoprocessamento. Com o tempo, vi que existiam outras possibilidades."

O demógrafo Reinaldo Gregori, fundador da empresa de geomarketing Cognatis, diz que a profissão é promissora. "Com os avanços econômicos e o esgotamento dos mercados óbvios, esse tipo de estudo se torna cada vez mais necessário para as empresas. E a procura por profissionais do ramo só tende a aumentar." No entanto, considera a disseminação desse tipo de conhecimento muito pequeno nas universidades. "Os cursos ainda só preparam o aluno para trabalhar na academia."

A consultora de recursos humanos do Grupo DMRH, Naamisis Campos, diz que muitas carreiras têm apresentado novos nichos em decorrência do aquecimento do mercado de trabalho e da flexibilização das formas de contratação. (...) "As empresas não olham só para o técnico, elas procuram pessoas com fluência em outro idioma, conhecimento tecnológico e visão de negócio", afirma Naamisis.

Notícia publicada pelo "Estadão" em 30 de janeiro de 2011:

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_52984.htm

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